segunda-feira, 16 de agosto de 2010
À meia luz, à meia sombra
Derrepente,
Assim mesmo
Independente
De mim
Ou do meu desejo
Você surgiu
Adentrou na minha vida
Sem pedir,
Como que em um impulso
Como que no instinto
Me levou,
Me raptou,
No seu jeito
No seu cheiro
Me enfeitiçou,
Me cegou,
Desnorteou
Fui levada para o desconhecido
Para o mundo sombrio
Onde Ades ali determina os destinos
Alimenta seus peregrinos
Estimulando seus sentidos
Sem direitos
Meus trejeitos foram julgados
E eu obrigada a me rever
E reverter
A meia sombra
A meia luz
Na escuridão
Me deparei
Me reencontrei
Com meu eu que ali jazia
Adormecido
Quase morto
E ai então
Neste ponto
Pude eu mesma determinar
E meu destino traçar
Para assim alcançar
E hoje poder estar
E assim vez por outra
Me pergunto,
Me questiono,
Onde estou
O que restou de mim
Estando assim,
Tão perto de ti.
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